sábado, 13 de novembro de 2010

MANDALA - A TERAPIA DO INFINITO

( Por Rosana Souza)


1- Introdução


Mandala significa círculo mágico em sânscrito, integra a arte, a magia e a psicologia.

Representa a interação do ser humano com o cosmos, entre a realidade aparente e as esferas

divinas.

A Mandala é tão antiga quando a criação. Sabemos através da ciência que o mundo

começou com uma grande explosão.

Curioso é observar que a tradição hindu, há milênios, já tinha conhecimento da

expansão de nosso universo a partir daquela enorme explosão.

Isso leva-nos a um questionamento: Será que a imagem provocada a partir daquele 
estouro pode ter sido a configuração de uma Mandala?
No oriente as Mandalas são confeccionadas de forma ritualísticas e seus elementos são
imagens representativas das forças criadoras do universo.
Esse processo criativo desperta a expansão da consciência podendo transformar os
caminhos através dos quais o homem responde ao mundo em todos os seus impulsos.
Esta é a magia dos símbolos, onde a fonte está no poder que reside na Mandala, mãe de
todos os símbolos.

2- DESENVOLVIMENTO

A “ocidentalização” da Mandala deve-se a atenção que C.G. Jung direcionou a cultura
oriental, onde integrou alguns de seus elementos em seu trabalho. Ele descobriu que desenhar,
pintar e sonhar com Mandalas é parte natural do processo de individuação do ser, ou seja: a
individuação é a grande “jornada do ego na busca e no aumento do Si – Mesmo”. ...”Obrigado
a viver, eu mesmo, o processo do incosciente, tivera que me abandonar inicialmente a esse 
fluxo, sem saber para onde seria levado. Só quando comecei a pintar as Mandalas vi que o
caminho que seria necessário percorrer e cada passo que devia dar, tudo convergia para um dado
ponto, o do centro. Compreendi sempre mais claramente que a Mandala exprime o centro e que é
a expressão de todos os caminhos: é o caminho que conduz ao centro. A individuação”. ( JUNG,
1963 p. 174).
Com a confirmação desta teoria, Jung representou este processo essencialmente numa Mandala que chamou “A janela para a eternidade”. Essa imagem é reproduzida no livro O
Segredo da Flor de Ouro. -1
.
Ao desenhar uma Mandala criamos um símbolo pessoal onde obtemos informações
reveladoras de como estamos num determinado momento, emergindo através do desenho
mandálico situações conflitantes da nossa essência; além de produzir uma grande descarga de
tensão. Quando fazemos uma Mandala estamos criando nosso próprio círculo de proteção. Para
isso é importante estarmos relaxados, mente vazia, centrado, conectando nosso interior, pois
acima de tuo criar ou meditar a partir de uma Mandala é uma forma criativa de religação com
Deus.

"Trabalhar nossa energia física e espiritual é interessante.
Quando este trabalho é feito com Mandalas, ele se torna
Algo mais que um simples exercício, pois você está
lidando com algo sagrado. O princípio das atividades 
sugeridas com Mandalas é deixar que nossa energia seja
trabalhada por elas, que vão realizando as alterações 
sem muita interferência da nossa consciência. Tanto nas
meditações abstratas, como naquelas com uma
finalidade temática, as Mandalas são de grande ajuda. A
Mandala requer sempre uma postura interior de quem
Sabe que está envolvido com algo sagrado, algo que 
Está além do mundo material. Não que isso precise
Ser complicado, mas deve-se dar atenção a alguns 
Detalhes.”... (FIORAVANTE, 1997 P. 7)

3- considerações finais

Por serem “desenhos sagrados”, as modificações energéticas e espirituais adquiridas
através de exercícios contínuos, estão dirigidos por uma força superior a nossa compreensão
onde nossas vibrações são alteradas para redirecionarmos as trilhas de nosso caminho.
Como terapeuta e minha experiência com artes plásticas, utilizo as Mandalas como forma de processo terapêutico de auto-conhecimento, pois podemos abservar através da leitura dos
símbolos nossas próprias deficiências; sendo que sua função terapêutica vai além, pois podemos 
também trabalhar o estresse, depressão, falta de atenção, concentração, inclusive dependentes 
químicos.

1- Desgeheimnes der Goldenen Blüte, 1948 lustr.10 - gestaltinger dêr unbewessten

Referências Bibliográficas:
JUNG, C.,G., Memórias, Sonhos, Reflexões, Nova Fronteira, 13ª edição, 1963
FIORAVANTI, CELINA, Mandalas A Religação da Alma com Deus Através de Desenhos
Sagrados, Ground, 5ª edição, 1997
DAHLKE, RÜDEIGER, Mandalas, Formas que Representam a Harmonia do Cosmos e a
Energia Divina, Pensamento, 1985

Um comentário:

  1. Obrigada!! Gostei de ver meu artigo por aqui!
    Estou fazendo muitas mandalas! :)
    Abraços!
    Rosana Souza

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